O coração dispara, a respiração fica mais intensa… e agora?
Como mencionei, existe uma diferença entre a ansiedade normal, saudável, e a ansiedade que paralisa a ação e impede que a vida aconteça.
Está tudo bem sentirmos ansiedade quando estamos lidando com situações importantes como um primeiro encontro, uma entrevista de emprego, a espera por um resultado etc. Tudo que é importante e pode impactar a nossa vida pode gerar ansiedade. Ela pode inclusive ser positiva, aumentando nosso foco e nosso nível de atenção.
A ansiedade geralmente tornar-se um problema quando ela deixa de ser só mais uma parte da sua experiência e torna-se o elemento central do que está acontecendo. Por exemplo, se quando se aproxima um evento importante, você não consegue mais dormir direito por ficar pensando no assunto a noite inteira. Para piorar, durante o dia você não come bem e o assunto vem na sua cabeça várias vezes, tentando pensar em formas de resolver situações que ainda nem aconteceram. Não consegue se concentrar no trabalho, nas conversas com amigos etc, e quando finalmente chega o dia do compromisso, o medo de falhar é tão grande que você desiste ou trava, sem conseguir fazer o que precisava.
Em casos extremos, podem acontecer sintomas físicos mais palpáveis, como crises de respiração muito acelerada, palpitação, suor, falta de ar, desconforto ou dores no peito e até medo de ter um ataque do coração, de morrer.
Nessas situações, sabemos que a ansiedade passou do limite saudável e ter ajuda pode ser importante. Geralmente começamos mapeando quais são as situações ou eventos que estão gerando essa ansiedade, qual o contexto dessas situações e como você responde a elas. Depois de entendermos direitinho o que está acontecendo, começamos a procurar alternativas de mitigar os gatilhos da ansiedade e a construir formas melhores de responder a ela quando ela vem.
A ideia não é acabar totalmente com a ansiedade, mas te ajudar a trazer ela de volta para padrões que não atrapalhem sua vida.